sexta-feira, 26 de julho de 2013

Dilma decide com Lula não mexer na gestão

A presidente Dilma Rousseff não cortará nenhum dos 39 ministérios nem pretende mexer no primeiro escalão agora. Em conversa de três horas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na quarta-feira, 24, Dilma mostrou preocupação com a queda de popularidade do governo, observada após os protestos de junho, mas disse que não vai ceder, nesse momento, a pressões por mudanças na equipe.

A portas fechadas houve muita reclamação sobre o comportamento do aliado PMDB e também do PT. Não foi só: Dilma pediu ajuda a Lula para "enquadrar" o PT, que, no seu diagnóstico, não está colaborando como deveria para defender o governo e o plebiscito da reforma política. Para a presidente, divisões na seara petista e o coro do "Volta Lula" prejudicam a governabilidade.
Embora a última pesquisa Ibope, feita por encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI), tenha sido divulgada nesta quinta, 25, Dilma e Lula já sabiam dos números quando se reuniram, em Salvador, para analisar o cenário político. Apreensiva, a presidente chegou a perguntar a auxiliares qual seria a repercussão na mídia da má avaliação do governo, em meio à visita do papa Francisco ao Brasil.
O levantamento do Ibope-CNI mostra que o porcentual dos que consideram o governo Dilma "ótimo" ou bom" caiu de 55% para 31% em um período de um mês, após as manifestações de rua. Além disso, a avaliação pessoal da presidente despencou de 71% para 45% e metade dos entrevistados não confia nela.
Segundo a reportagem apurou, Dilma e Lula expressaram contrariedade não só com o racha no PT, mas também com a atitude do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que pregou o corte de ministérios como solução para a crise política. A avaliação reservada é a de que o PMDB quer "surfar" na onda dos protestos.
A proposta de Alves prevê o corte de 14 dos 39 ministérios. Sem mencionar o número de pastas que deveriam ser extintas e ressalvando que a decisão é de Dilma, o vice-presidente Michel Temer considerou "razoável" a ideia de diminuir o tamanho da Esplanada.
Menos de uma semana depois, porém, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) afirmou que seu partido deveria entregar os cinco ministérios que ocupa (Minas e Energia, Previdência, Agricultura, Turismo e Secretaria da Aviação Civil) para dar o exemplo. "Há uma grande desfaçatez de líderes do PMDB, que exigem o enxugamento da máquina, mas não abrem mão de seus postos", criticou Ferraço.
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), disse que o corte linear de cargos não é solução. "Não é reduzindo ministério que se dá eficiência à máquina pública. É preciso saber para que cada ministério foi construído e isso todos nós sabemos. Quando criamos a Secretaria para Mulheres, por exemplo, é porque sabíamos que era preciso ter foco no que foi abandonado ao longo da história", argumentou ele.
Wagner e o presidente do PT, Rui Falcão, participaram de uma parte da reunião entre Lula e Dilma. O ex-presidente contou como foi sua conversa, no fim de junho, com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), possível adversário de Dilma na disputa de 2014. Na avaliação de Lula, Campos só não lançou ainda a candidatura ao Planalto para não ficar com uma "flecha" sobre sua cabeça, sendo alvo de ataques.
Apesar das queixas recebidas nos últimos dias sobre problemas na articulação política e na comunicação do governo, Dilma avisou que não fará mudanças sob pressão. Na prática, ela não quer mostrar fragilidade num momento em que a própria base aliada está conflagrada. Lula apoiou a decisão da presidente.
Em conversas reservadas, porém, petistas próximos a Lula dizem que Dilma "passou do prazo" para promover uma reforma ministerial. Agora, ela planeja trocas na equipe no fim do ano ou até mesmo no início de 2014, pouco antes do prazo estipulado pela Lei Eleitoral para quem for candidato deixar o Executivo. (Colaborou Rafael Moraes Moura). As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Brasil anula 900 milhões de dólares em dívidas de países africanos

Addis Abeba - A Presidência brasileira anunciou neste sábado (25/5) em Addis Abeba a anulação de 900 milhões de dólares em dívidas de 12 países africanos, durante as celebrações do cinquentenário da unidade africana.

"Manter relações especiais com a África é estratégico para a política externa brasileira," explicou à imprensa o porta-voz da presidente Dilma Rousseff, Thomas Traumann. 

Dilma foi a Addis Abeba para as celebrações, em sua terceira viagem à África em três meses. Dos 12 países que terão suas dívidas perdoadas, os principais beneficiados serão a República do Congo (Brazzaville), com uma dívida de US$ 352 milhões cancelada, e a Tanzânia, com US$ 237 milhões, indicou Traumann.
 
Entre os outros países a serem beneficiados estão Costa do Marfim, Gabão, Guiné, Guiné-Bissau, República Democrática do Congo e São Tomé e Príncipe.
 
Traumann explicou que a medida é destinada a dinamizar as relações econômicas entre o Brasil e a África, continente que tem registrado forte crescimento econômico.
 
O porta-voz acrescentou que o Brasil criou recentemente uma agência para apoiar o investimento na indústria e no desenvolvimento na África e na América Latina.
 
"A ideia é se concentrar na ajuda brasileira" para a agricultura e programas sociais, e no apoio financeiro direto das empresas brasileiras, explicou.
 
Dilma está entre os líderes mundiais que participam do jubileu de criação da Organização da Unidade Africana (OUA), substituída em 2002 pela União Africana e com sede na capital etíope.
 
A presidente se reuniu com vários líderes africanos, entre eles o primeiro-ministro etíope, Hailemariam Desalegn, com quem assinou uma série de acordos de cooperação para agricultura, educação, transporte aéreo e ciência.
 
O interesse do Brasil na África se insere em uma tendência geral de cooperação sul-sul, na qual as economias emergentes investem em países em desenvolvimento.
 
Também participaram das celebrações o presidente francês François Hollande, o secretário de Estado americano John Kerry, o vice-primeiro-ministro chinês Wang Yang e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
 
Segundo o governo brasileiro, as trocas comerciais entre o Brasil e o continente africano foram de 25 bilhões de dólares em 2012.


CORREIOWEB

Dilma cria grupo para ligar governo às redes sociais, dizem fontes

BRASÍLIA, 23 Jul (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff se reuniu nas últimas semanas com especialistas em redes sociais para organizar a criação de um grupo que fará a ponte entre os órgãos do governo federal e as demandas da sociedade expressas pelas redes sociais, disseram à Reuters fontes do Palácio do Planalto.
A decisão de estreitar os laços com a sociedade via redes sociais foi tomada depois que o governo sentiu o poder de mobilização dessas ferramentas de Internet nas manifestações de junho, que chegaram a levar mais de um milhão de pessoas às ruas do país. Os protestos repercutiram negativamente na popularidade da presidente e também na avaliação do desempenho do governo.
Dilma recorreu a pessoas que integraram sua campanha presidencial de 2010 na área de redes sociais e ao publicitário João Santana, que comandou o marketing das campanhas presidenciais do PT desde 2006, para definir a atuação da nova equipe, que terá ligação direta com o seu gabinete, disse uma das fontes ouvidas pela Reuters.
A fonte, contudo, negou que a iniciativa tenha por objetivo dar suporte à campanha eleitoral do próximo ano e que tampouco servirá como veículo de propaganda do governo.
Uma outra fonte ouvida pela Reuters, que também pediu para não ter seu nome revelado, disse que o limite de atuação desse novo grupo ainda não está claro e as atribuições podem ser modificadas dependendo de quem o integrará.
Durante a campanha presidencial de 2010, a presidente fez pouco uso pessoal das redes sociais. Seu último post em seu perfil pessoal no Twitter foi em 2010, prometendo que teria uma postura mais ativa na rede.
A criação do novo grupo quase prejudicou o lançamento do Participatório, uma rede social para debater temas relacionados à juventude lançado pelo governo na semana passada. Ao saber da iniciativa, Dilma mandou abortar o anúncio para lançar um pacote para um "núcleo digital" do governo, mas foi convencida que o lançamento da nova ferramenta não poderia esperar.
(Reportagem de Jeferson Ribeiro)



terça-feira, 23 de julho de 2013

'The New York Times' critica custo Brasil e pizza de queijo de R$ 67

O jornal americano The New York Times criticou os preços absurdamente altos do "custo Brasil" com combustível bem acima da média mundial e uma pizza de queijo que chega a custar US$ 30 (cerca de R$ 67). Segundo a publicação, quem vive nos EUA não sabe que o berço mais barato vendido na loja de mobiliário Tok & Stok chega a custar seis vezes mais do que o vendido na Ikea, uma loja similar dos EUA.
O jornal afirma que os brasileiros estão "ressentidos" pelos gastos da elite política e que pagam preços elevados para quase tudo e as pessoas sabem que pagam mais caro quando poderiam gastar menos, o que mostra que há "algo de errado" no País.
Os protestos de rua surgiram a partir de uma campanha popular contra o aumento das tarifas de ônibus - que implicam em gastos muito mais elevados aos habitantes do Rio de janeiro e São Paulo do que aos habitantes de Nova York ou Paris. Para o jornal, "o preço do transporte é apenas um exemplo das lutas que muitos brasileiros enfrentam para fazer face às despesas."
Para mostrar o elevado custo pago pelos brasileiros, o The New York Times diz que alugar um apartamento em áreas cobiçadas do Rio de Janeiro se tornou mais caro do que em Oslo, capital da Noruega, cidade rica em petróleo. Antes dos protestos, o aumento dos preços dos alimentos básicos, como tomates, viraram motivos de paródias com a presidente Dilma Rousseff e seus assessores econômicos.
A inflação está em torno de 6,4% ao ano, com a classe média reclamando que está arcando com o ônus dos aumentos de preços. A indignação popular é inflamada numa época em que grandes projetos de estímulo estão deixando a economia desacelerar, aumentando o espectro de estagnação na maior economia da América Latina, completa a publicação.
O jornal afirma ainda que os custos "altíssimos" do Brasil podem ser atribuídos a uma série de fatores, incluindo gargalos de transporte que tornam mais caro levar os produtos para os consumidores, além das políticas protecionistas que protegem os fabricantes brasileiros da competição e de um legado dos consumidores um pouco acostumados com inflação relativamente alta, e que ainda está longe dos 2.477% alcançados em 1993, antes da reestruturação drástica da economia.


via Terra

O CAFEZINHO APRESENTA PROVAS CONTRA BARBOSA

Blog que já havia revelado documentos relativos à suposta sonegação fiscal da Globo agora publica mais um furo de reportagem: o relatório de 2013 da Assas JB Corp, seu contrato social e um documento que cita a transferência do imóvel avaliado em R$ 1 milhão por apenas US$ 10 – isso mesmo, dez dólares!!! Segundo O Cafezinho, documentos da venda feita por Alicia Lamadrid serviriam como provas a serem encaminhados às autoridades para checarem se o presidente do Supremo Tribunal Federal não infringiu a Lei da Magistratura, segundo a qual um juiz não pode ser diretor de empresa privada, e se há indícios de sonegação fiscal e evasão de divisas



Ao constituir uma empresa com fins lucrativos nos Estados Unidos, em maio do ano passado, para obter benefícios fiscais na compra de um apartamento avaliado em R$ 1 milhão em Miami, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, pode ter violado o Estatuto dos Servidores Públicos da União, que veda a todos aqueles que exerçam carreiras de estado "participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada"; de acordo com os registros da Assas JB Corp, Barbosa é o presidente da sua offshore.

O blog O Cafezinho divulgou ontem documentos que serviriam como provas da possível violação. Leia abaixo e aqui a matéria completa:

Os documentos da empresa de Joaquim Barbosa

Enviado por Miguel do Rosário

O Cafezinho obteve os documentos da empresa de Joaquim Barbosa, a Assas JB. É o relatório anual de 2013 e o contrato social. Não trazem valores, mas servem como provas a serem encaminhadas às autoridades para checarem se o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) não infringiu a Lei da Magistratura.

Detalhe, a empresa de JB tem sede no Brasil.

Também obtivemos o documento de compra e venda, onde consta que JB pagou US$ 10 pelo apartamento.

Fizemos uma investigação preliminar nos cartórios norte-americanos e verificamos que este valor é o tradicionalmente usado quando se quer “doar” um imóvel a um parente. É mais uma forma de evitar impostos. Aparentemente é um expediente comum por lá.

Abaixo, o contrato social:










segunda-feira, 22 de julho de 2013

Moradora do DF encontra surpresa desagradável dentro de bebida láctea

Uma moradora de Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal, comprou uma bebida láctea, da empresa Piracanjuba, e levou um susto ao ingerir o produto, que, segundo Renata Alves, de 35 anos, parecia ter uma nata espessa e de cor amarelada. 

Renata explicou que consome o produto da empresa há meses e que esta foi a primeira vez que ela se deparou com uma situação como essa.     

— Na hora em que eu bebi, senti um gosto estranho. Aí resolvi mexer na bebida e comecei a tirar esse material.     

Na embalagem do produto, é possível perceber que ele não está com a data de validade vencida, 12/08/2013.

Em nota, a Piracanjuba informou que as etapas na preparação de seu material impedem qualquer tipo de corpo estranho de chegar ao produto final. A empresa também afirmou que já entrou em contato com a consumidora e que irá recolher a bebida para fazer as análises necessárias.

Segundo a assessoria da Vigilância Sanitária do DF, neste caso, o consumidor deve entrar em contato com o órgão, pela ouvidoria do GDF (160) e fazer a reclamação. Depois disso, fiscais recolhem o produto e levam para análise para saber se a empresa será autuada ou não. 


R7

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Construção bilionária de estádio seca receita da Terracap

A construção do Estádio Nacional Mané Garrincha pode estar acabando com o patrimônio da Terracap. A denúncia foi enviada ao Jornal de Brasília com cópias dos exorbitantes gastos. A   arena causou um rombo   na estatal, responsável pelas obras, que agora vende terras públicas e faz empréstimos para tentar cobrir as despesas. Sem contar que o GDF arrebatou R$ 100 milhões dos mirrados cofres das secretarias da Saúde, da Criança, da Educação, da Segurança e de outras áreas para tapar o buraco na companhia. E o pior: nenhuma receita está sendo gerada para a recuperação do investimento.



“A Terracap é uma caixa preta. Não há transparência sobre a questão do investimento da verba arrecada com a venda das terras”, destaca o especialista em Administração Pública da UnB, José Matias-Pereira. Além disso, salienta, “foi uma opção do GDF não utilizar empréstimos de bancos para a construção desse elefante branco. Aí, já sabia que ele ia utilizar, para pagar a dívida, um patrimônio que é da sociedade”. O arrendamento dos terrenos, garante, “devia estar sendo revertido em melhoria das condições de vida da população”.



Redução

Após análise dasituação financeira do exercício de 2013, em comparação a 2012, o Conselho Fiscal da Terracap constatou redução de 80% nas disponibilidades financeiras da estatal, repartida entre a União (49%) e   GDF (51%). Em março deste ano, a companhia tinha R$ 45 milhões disponíveis e um passivo de R$ 929 milhões. “O conselho verificou que toda a receita  está sendo aplicada no estádio”, apontam os dados. Por isso, discorrem no texto, “determinamos que se evitasse assumir novos gastos, inclusive com patrocínio, mas a resposta foi aumento nos gastos em mais de 1.100%”.



Em razão da falta de recursos,  um empréstimo de R$ 50 milhões foi cedido pelo Banco do Brasil. Em contrapartida, a Terracap deu como garantia seis lotes no Noroeste, de R$ 20 milhões. A companhia ainda tem contrato com  o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud)  de R$ 49 milhões, para a contratação de consultores.



Exonerações levantam suspeitas



A megalomania de construção de um dos estádios mais caros do País, com 72 mil assentos, começou ainda no governo Arruda. Em 2010, o DF já discutia quem iria aprovar a licitação da nova arena. Após a operação Caixa de Pandora, contudo, a decisão de bancar o projeto ficou por conta do interino Rogério Rosso. Foi ele quem autorizou a utilização de recursos da Terracap.



Então, quando assumiu o cargo, o governador Agnelo Queiroz (PT)  decidiu não limitar gastos à construção da arena. Primeiro, demitiu o presidente da companhia. E como os conselheiros da Terracap reprovaram o financiamento, também demitiu todos. E a história se repete, com   detalhes diferentes. Desta vez, após as denúncias,  12 empregados da companhia que participaram da manifestação, no dia 5 deste mês, contra as ações desmedidas da empresa, foram exonerados.



Sobre a manifestação, contra indícios de fraude em licitações e contratos, o presidente do Sindicato dos Servidores  do DF, André Luiz da Conceição, chegou a afirmar que, de fato, a empresa tem gasto mais do que recebe. “Existem   gastos desnecessários e incongruências nos processos de licitação”.



E agora, com o estádio concluído, não houve qualquer retorno à Terracap. No entanto, o governo rebate dizendo que o Mané Garrincha compõe o patrimônio da empresa.



Governo do DF mete os pés pelas mãos



Na última segunda-feira, aproximadamente cem funcionários da companhia fizeram novo protesto. Desta vez, contestando também as exonerações. Um dos servidores demitidos afirmou não existir outra explicação para as medidas tomadas pela direção da Terracap. “Sempre exerci minha função com competência. Seis dias depois da primeira manifestação, saíram as portarias com as exonerações”, disse.



As críticas ao retorno do estádio para o próprio GDF, que ficou responsável pela ínfima arrecadação dos jogos ocorridos na arena, começaram na primeira grande partida, quando arrecadou-se R$ 6,8 milhões, mas para os cofres públicos o retorno foi de apenas R$ 24 mil.



“Erros Crassos”

Com a evidente desproporção entre a arrecadação do jogo e o que foi repassado ao GDF, Agnelo Queiroz baixou decreto em 26 de junho determinando nova taxa de pagamento da receita bruta indicada no borderô, desta vez 13%. O mesmo texto prevê  que a partir do sexto jogo no estádio, o valor cobrado passa a ser 15% sobre as vendas de ingressos e o clube tem de devolver o que for gasto com energia elétrica.



No último dia 9, foi publicado decreto alterando, pela segunda vez, a legislação de 2008. Desta vez, o texto acrescenta que, em caso de desistência sete dias ou menos antes de cada evento, o clube tem de pagar 5% da renda bruta da partida. Para amortecer a recepção dos times à notícia, o GDF admitiu a possibilidade de uma espécie de promoção aos clubes que mandarem quatro jogos ou mais para o Mané Garrincha no mesmo ano: a primeira taxa cobrada seria a de 13% e a energia elétrica gasta sai de graça para o time.



Caso se achem prejudicados, Flamengo e Vasco, mandantes das duas últimas partidas realizadas no Mané Garrincha, podem recorrer à Justiça para que a regra possa voltar a ser a de 2008, quando o aluguel do estádio era de apenas R$ 24 mil.



Enquanto isso, sempre um passo atrás e cometendo “erros crassos”, como dizem os juristas, o GDF ainda não definiu aluguel mínimo para o estádio.



Comparação com Grêmio impressiona



Não é só o valor arrecadado e a quantia paga ao GDF e à Federação Brasiliense de Futebol que causam estranheza. É gritante a diferença das despesas dos jogos no Mané Garrincha e nos demais estádios. Um exemplo é a novíssima Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS), construída com capital privado e que custou quase seis vezes menos que o Mané Garrincha.

Em média, foram gastos R$ 1,9 milhão nas partidas Santos x Flamengo, Flamengo x Coritiba e Vasco x Flamengo. Enquanto isso, nos primeiros três jogos do Grêmio na nova arena neste Campeonato Brasileiro, foram gastos em média R$ 146 mil, ou seja, menos de 10% das despesas no Planalto Central.

Todas as despesas de uma partida do Campeonato Brasileiro são padronizadas por regulamento da CBF, o que evidencia que a diferença entre os valores gastos está no orçamento empregado. Dentre eles, estão despesas com arbitragem, segurança, médicos e ambulâncias.



Ingressos

Fica evidente também, em uma olhada rápida dos borderôs dos jogos do Flamengo no Mané Garrincha, a perfeição entre planejamento de estimativa de público e a venda de ingressos. Curiosamente, os gestores dos jogos  colocaram à venda exatamente o mesmo número de ingressos comercializados, sem que a capacidade máxima do estádio tenha sido atingida. É sobre  as bilheterias que o GDF e a federação brasiliense são remunerados.

Para efeito de comparação, mais uma vez o Grêmio. O clube mandou quatro jogos nesta Série A. Somando o descrito nos três borderôs, foram 14.550 ingressos devolvidos.



Além dos jogos, outros eventos eram anunciados como possibilidade de retorno financeiro ao governo. Na prática, não é bem assim. Por se tratar de um evento teste, os produtores do show Renato Russo Sinfônico, do último dia 30, não precisaram pagar para usar o local. Segundo a organização do evento, foram arrecadados apenas R$ 70 mil em Imposto Sobre Serviços (ISS). Mais uma vez, nada para a Terracap.

Para o próximo evento, o show da Beyoncé em 17 de setembro, a legislação ainda é a de 2008. Baseado no decreto daquele ano, os organizadores terão que pagar ao GDF apenas R$ 60 mil (R$ 10 mil de aluguel e R$ 50 mil de taxa patrimonial). Os ingressos custam de R$ 180 a R$ 600. Enquanto isso, a Terracap segue afundada em dívidas.

Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

terça-feira, 16 de julho de 2013

Motorista de ônibus perde controle da direção e bate após desmaiar na barragem do Rio Descoberto



O motorista de um ônibus do transporte público perdeu a direção do veículo na manhã desta terça-feira (16) e bateu na grade de proteção da barragem do Rio Descoberto, próximo ao Paranoá, região administrativa do DF. O ônibus fazia a linha Lago Sul – Paranoá.  

Viaturas do Corpo de Bombeiros e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram ao local socorrer o motorista que teria desmaiado antes de perder o controle do ônibus da empresa Planeta.  

Após bater na mureta de proteção da barragem, o ônibus parou do outro lado da via quando colidiu no barranco. O motorista foi socorrido e levado para Hospital Regional do Paranoá.


r7

Pacientes esperam até sete horas por atendimento em hospital do DF




Pessoas à procura de atendimento médico enfrentaram até sete horas de espera nesta sexta-feira (12) no Hospital de Sobradinho. Imagens gravadas por celular por uma paciente mostram uma fila de macas e pessoas recebendo soro nos corredores do hospital.
A Secretaria de Saúde informou que três médicos – dois ortopedistas e um clínico geral – estavam no hospital à noite, mas como não há atendimento ambulatorial naquele horário, cerca de 20 pacientes com problemas não prioritários para atendimento tiveram de esperar entre cinco e seis horas.
Na avaliação da secretaria, houve uma sobrecarga de pacientes que não tinham urgência no atendimento. A previsão é que 30 novos leitos sejam criados até setembro, para acabar com a fila de espera em macas no corredor. De acordo com a pasta, todos os pacientes que aguardavam foram atendidos.

Isso, no entanto, não amenizou as reclamações de quem aguardava para se consultar. “Péssimo. Sempre foi péssimo o atendimento nesse hospital aqui. De todos do DF, no caso. Chega aqui qualquer hora do dia ou da noite, você chega num dia e sai no outro, chega de noite e sai de manhã, chega de dia e sai de madrugada”, disse o eletricista Cleber Cavalcante.
O assessor parlamentar Janilton Marcos Calaça esperava há uma semana conseguir uma vaga em UTI com hemodiálise para o sobrinho, que está em estado grave e em coma induzido. “Deram um prazo de até segunda-feira, e a vida dele depende de agora, desse instante. Se não houver essa vaga nas próximas horas, a gente não sabe o que pode acontecer.”
A técnica em enfermagem Rosângela Vieira esperava havia sete horas para tirar um raio X. Ela disse que tentava fazer o exame há duas semanas. “Não consigo, porque eu venho no hospital e não tem atendimento. Já voltei do hospital na semana passada porque não consegui atendimento. Eu cansei, né, e fui embora pra casa. Cansada e sem atendimento, com dor no peito e gripada.”


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